Em cada espetáculo são centenas de pessoas envolvidas, mas falta gente para trabalhar nesse setor que promete muitas contratações ate final do ano.
O Brasil definitivamente entrou no circuito de shows internacionais. Até o mês de abril várias celebridades vão passar por aqui, isso além das apresentações nacionais. Quando o show começa, o que se vê no palco é o espetáculo já pronto, montado, mas atrás da cortina o ritmo é muito mais sério. Há um exército de profissionais em atividade. Produtores, músicos, bailarinos, técnicos de som, de luzes, camareiros, garçom, bilheteiros, recepcionistas. “São pessoas que costumam trabalhar em eventos, de lidar com o público, gostam dessa movimentação. É um perfil diferenciado, um perfil que tem uma comunicação, uma pró-atividade, uma experiência com o público, postura de excelência”, diz Giovanna Campos, gerente de recrutamento e seleção.
Gerente de uma empresa de recrutamento, Giovanna seleciona talentos para os palcos. Já buscou candidatos em oito capitais: Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Rio, São Paulo e Porto Alegre. Lidou com mais de dezesseis mil inscrições, agora se prepara para a seleção em Porto Alegre. Um espetáculo como o Cirque de Soleil, por onde passa abre 700 vagas. Camila vai trabalhar durante um mês como recepcionista. “Na hora da seleção, acho que o fato de eu ter inglês, eu fazer moda e eu sou um pouco extrovertida”, diz Camila Ribeiro, universitária. Nessa área os salários variam entre oitocentos e dois mil reais. Os salários ainda são baixos, a rotina é estafante, em horários nada comuns, e os contratos são temporários, de mais ou menos seis meses. A boa notícia é que essa é uma área em crescimento no Brasil. Há muitas vagas e quem chega agora acumula experiência num país que se prepara para sediar a copa do mundo. “Você acaba tendo no seu currículo esses espetáculos atuais eles viram marcos, como diferenciais. Então você analisando no futuro alguém para trabalhar na copa ou até mesmo nas olimpíadas, essa pessoa que trabalhou num evento anterior ela já tem essa vivência. Acho que diferencia muito o candidato”, declara. Gislene vai trabalhar um mês como caixa. Formada em turismo ela busca aprendizado para o futuro. “Pretendo trabalhar na área de eventos e um dia ser produtora de eventos”, diz Gislene Pereira, estudante. A estrutura de um mega show muitas vezes começa do zero. Os organizadores escolhem estádios ou ginásios, como o do Parque
Antártica, em São Paulo, porque cabe mais público, com mais conforto. Imagine cobrir o gramado, construir um palco do nada... As empresas também recrutam mão de obra braçal, em que a experiência conta muito. Tudo é montado da noite para o dia, às vezes em questão de horas. Ele já produziu 28 mil shows. Foi empresário de ninguém menos do que o rei Roberto Carlos e pioneiro em atrações internacionais. Em 1995 trouxe o cantor Sting. O Brasil segundo Manoel Poladian ainda precisa de profissionais qualificados. “Faltam no Brasil assistente de palcos, assistente técnicos, faltam assistente de som, falta produtores. Com o tempo, várias empresas que estão surgindo para terceirizar serviço de segurança, de equipamentos, logística. O Brasil vai ter mais emprego e mais trabalho pra todo mundo”, declara Manoel Poladian, empresário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário